JOGOS
E BRINCADEIRAS NO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM
BENTO, Andréia Jaques, FERREIRA, Márcia Maria da Silva, SOUZA, Josiane
Ristof, SHWADE, Marlise Gisele de Souza.
RESUMO:
Este artigo tem como objetivo mostrar aos
educadores de que os jogos e brincadeiras é um facilitador da aprendizagem, e
que precisa estar relacionadas nas práticas pedagógicas como um instrumento
mediador de ensino-aprendizagem. Com os jogos, atingem-se vários objetivos que
são estimular o crescimento cognitivo; vencer desafios; resolução de problemas;
estratégias; astúcia; reflexão, entre outros. Para tudo isto que, os jogos e
brinquedos são usados nos mais diversos segmentos da convivência humana .São
usadas para famílias estimularem suas crianças.Definir jogo e brincadeira não é
tarefa fácil, dentro de qualquer contexto, pois ,para cada indivíduo tem um
significado social em contextos diferentes.
Palavras chave:
jogos-brincadeiras-aprendizagem
Para alguns autores, o jogo é uma categoria
absolutamente primária da vida, tão essencial quanto ao raciocínio (Homo
sapiens) [...],então a denominação Homo
ludens, que quer dizer que o
elemento lúdico está na base do surgimento e desenvolvimento da civilização.
O jogo é: “uma atividade voluntária
exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente
consentidas, mas absolutamente obrigatórias”, com um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento
de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana
.Verifica-se que o jogo é um fato humano mais antigo que a cultura, pois esta,
mesmo em suas definições mais rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana.
O jogo, para Kishimoto, (2003) pode ser
visto como” o resultado de um sistema lingüístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras;
e um objeto”. Esses três aspectos permitem a compreensão do jogo, diferenciando
significados atribuídos por culturas diferentes, pelas regras e objetos que o
caracterizam.
Pode-se inferir como jogos, uma variedade
conhecidos, como: faz-de-conta, simbólicos, motores, sensórios-motores,
intelectuais ou cognitivos, individuais ou coletivos ,metafóricos, verbais, de
palavras, políticos, de adultos, de crianças, de animais, de salão e uma
infinidade de outros mostrando a multiplicidade de fenômenos incluídos na
categoria “jogo” e cada um joga a sua maneira, pois tais jogos, embora recebam
a mesma denominação, cada um têm suas especificidades, dentro do contexto
social, cultural em que estão inseridos.(KISHIMOTO).
Negrine, (1994), em estudos realizados sobre
aprendizagem infantil, afirma que “quando a criança chega à escola, traz
consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande
parte delas através da atividade lúdica”.
O jogo se apresenta para a criança como uma
atividade dinâmica, no sentido de satisfazer uma necessidade. Ao se observar o
comportamento de uma criança jogando/brincando, pode se perceber o quanto
ela desenvolve sua capacidade de
resolver os mais variados problemas , sem tirar o seu sentido lúdico .É no jogo
e pelo jogo que a criança torna-se capaz de atribuir significados diferentes
aos objetos; desenvolve sua capacidade de abstração e começa a agir diferente
do que vê, mudando sua percepção sobre os referidos objetos.
Brinquedo é outro termo indispensável para
a compreensão desse campo, pois difere do jogo, o brinquedo supõe uma relação
íntima com a criança e a indeterminação de regras para sua utilização. Afirma Kishimoto,”o
brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos
da realidade”. Uma boneca permite a criança várias formas de brincadeiras. Os
jogos, como xadrez, e os de construção exigem certas habilidades definidas pela
estrutura preexistente no próprio objeto e suas regras.
A ludicidade presente nas atividades escolares,
é um bom atrativo para que os alunos se motivem na busca de uma aprendizagem
prazerosa, e neste sentido, temos os jogos e brincadeiras como grandes aliados
nesta tarefa, pois segundo Winicott(apud Weiss, 2004,p.72)Ӄ no brincar, e
somente no brincar, que o indivíduo ,criança, adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade, e é
somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu.
Desde então ,há uma ampliação dos jogos no
espaço educacional, onde a criança experimente e adquire conhecimentos sobre o
mundo a sua volta, convivendo, aprendendo e respeitando o direito dos colegas.
A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de
desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa da sua dificuldade. É
através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter mais limites,
aprende a ganhar e a perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar,
adquire maior atenção.
Segundo o Dicionário Silveira Bueno, (2000)
a palavra Brinquedo é: divertimento,folguedo, objeto com que se entretêm as
crianças; Brincadeiras é, divertimento, gracejo; e Jogo, Brinquedo, folguedo,
divertimento partida esportiva.
Pelas definições evidenciadas vê-seque,
jogos, brinquedos e brincadeiras são termos que empregamos com significados
diferentes, terminam se tornando imprecisos, pois existe uma variedade de jogos
conhecidos que podem ser considerados como brincadeiras e, muitas vezes um
brinquedo também é utilizado com objeto de um jogo, de uma brincadeira. Essas
considerações são reforçadas por Kishimoto (2003), salientando que a
perplexidade aumenta quando se observa diferentes situações recebem a mesma
denominação, para alguns, é brincadeira, para outros, é jogo e assim
sucessivamente .Qual é a diferença entre jogo e brincadeira?
Uma mesma conduta pode ser jogo ou não – jogo,
em diferentes culturas, dependendo do significado a ela
atribuído.(KISHIMOTO,2003).
Diante desse quadro verifica-se que é
difícil separar ou classificar os termos: jogo, brinquedo e brincadeiras, mas
todos eles são descritos pelo autor, como elementos da cultura, excluindo o
jogo dos animais. Dentro da variedade de significados, são as semelhanças que
permitem classificar jogos de faz-de-conta, de construção, de regras, de
palavras, políticos, e outros, na sua grande família.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Seguindo as definições de Kishimoto, brinquedo será entendido sempre
como objeto, suporte de brincadeira, ( descrição de uma conduta estruturada,
com regras) e jogo infantil( para designar tanto o objeto e as regras do jogo
da criança-brinquedos e brincadeiras). O brinquedo é o suporte de uma
brincadeira, seja ela qual for. O brinquedo tem sempre como referencial
acriança e a sua história está ligada com a história da criança. O jogo é uma
atividade física ou mental organizada que por um sistema de regras definem quem
perde ou ganha.
Segundo Visca (1996), os jogos podem
exercer funções cognitivas, afetivas e sociais( acompanham o desenvolvimento da
humanidade).Cada jogo contém e exercita todos os aspectos ( cognitivo afetivo e
social) e, de acordo com a predominância podem ser classificados como:
Jogos lógicos: desenvolvem raciocínio;
Jogos afetivos :estimulam as emoções;
Jogos sociais :facilitam a aquisição de
conhecimentos, atitudes e destrezas própria de um determinado meio.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Kishimoto, Tizuco: Jogos e Brincadeiras.
Ed. Pioneira, 2000. Pg. 63
Visca Jorge, O brincar e as suas teorias.
SP. Ed. Vozes. 1996
Bueno, Silveira. Dicionário, Ed. FTD, 1º
edição, 2000, SP. Pg.129.
Winicott Dw : O brincar e a realidade. RJ.
IMAGO, 2004, pg.72.
Negrine, Airton: Aprendizagem e
desenvolvimento infantil, Porto Alegre: Prodil, 1994.
POSTADO POR L.S.SIMPLÍCIO
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