Escola
e gestão democrática: realidade ou utopia?
Ana Cristina Almeida Pinheiro de Oliveira
Maria Aparecida Honorato de Oliveira Nascimento
Neusa Hatsue Numata
RESUMO
Este trabalho
descreverá o modelo de gestão democrática escolar tem sido sonho ou realidade.
A concepção de gestão democrática é permeada por princípios de
participação, cooperação, trabalho em grupo. Neste estudo
sobre o que vem a ser gestão democrática escolar, como ela surgiu, analisa sua
implantação, verifica se realmente esse modelo ocorre nas escolas. Este é
composto por um quadro teórico sobre o modelo de sociedade até chegar ao modelo de gestão da sociedade
do conhecimento ou da informação. Os traços da globalização estão hegemonicamente
marcados na política sociocultural da escola o que torna difícil instalar a
igualdade, a solidariedade, os vínculos coletivos e a verdadeira democratização
da educação. Junto com ela surgiu a concepção de gestão democrática. A gestão
foi um posicionamento social para ir contra o autoritarismo que estava
implantado na educação. Na prática escolar, a gestão democrática -
participativa tem sido utópica, pois o diretor/gestor continua como autoridade
máxima tutelada ao Estado, não há participação das camadas populares da escola
na tomada de decisões. É necessário que o gestor garanta a participação da
comunidade a fim de que assumam o papel de co-responsáveis pela educação. Para
que isso aconteça, o novo diretor precisa se libertar das suas marcas de
autoritarismo, desenvolvendo características de coordenador, colaborador e
educador.
Palavras-chave: Paradigmas; Gestão Democrática; Gestão Escolar
ABSTRACT
School
and democratic management: reality or utopia?
This paper describes the model of democratic school management has been a dream or reality. The design management is permeated by democratic principles of participation, cooperation, teamwork. In this study of what has to be democratic school management, how it came about, analyzes its implementation, there is this model actually occurs in schools. This consists of a theoretical framework on the model of society to reach the management model of the knowledge or information. The traces of hegemonic globalization are marked socio-cultural politics of the school which makes it difficult to install equality, solidarity, collective bonds and democratization of education. Along with it came the conception of democratic management. The management was a social position to go against the authoritarianism that was implanted in education. In school practice, democratic management - participatory have been utopian, because the director / manager continues as the highest authority subordinate to the State, there is no grass-roots participation in school decision-making. It is necessary that the manager ensures community participation in order to assume the role of co-responsibility for education. For this to happen, the new director must get rid of their brand of authoritarianism, developing characteristics of coordinator, collaborator and educator.
Keywords: Paradigms, Democratic Management, School Management
This paper describes the model of democratic school management has been a dream or reality. The design management is permeated by democratic principles of participation, cooperation, teamwork. In this study of what has to be democratic school management, how it came about, analyzes its implementation, there is this model actually occurs in schools. This consists of a theoretical framework on the model of society to reach the management model of the knowledge or information. The traces of hegemonic globalization are marked socio-cultural politics of the school which makes it difficult to install equality, solidarity, collective bonds and democratization of education. Along with it came the conception of democratic management. The management was a social position to go against the authoritarianism that was implanted in education. In school practice, democratic management - participatory have been utopian, because the director / manager continues as the highest authority subordinate to the State, there is no grass-roots participation in school decision-making. It is necessary that the manager ensures community participation in order to assume the role of co-responsibility for education. For this to happen, the new director must get rid of their brand of authoritarianism, developing characteristics of coordinator, collaborator and educator.
Keywords: Paradigms, Democratic Management, School Management
Introdução
Este
artigo tem objetivo de descrever uma gestão escolar democrática, se há
democracia diante de uma realidade aparentemente diferente, buscando esclarecer
e pontuar alguns fatores que evidenciam uma educação onde é feita em torno de
interesses politicos, porém sem perder sua identidade.
Essa
pesquisa será bibliografica utilizando de autores para o baseamento teorico
tais como: Elba Siqueiro de Sá Barreto, Maria Lúcia Fortuna, Messias e Alves de
Oliveira e José Carlos Libânio.
A
educação brasileira na tradição federativa do país, coube aos diversos sistemas
estaduais de ensino, ao longo de várias décadas; elaborando e implementando
orientações currículares às suas redes de escolas, a partir de diretrizes e
normas gerais provenientes de instância federal.
Os
guias ou propostas curriculares, produzidos no âmbito das secretárias estaduais
de educação têm servido como referência às escolas estaduais, municipais e
particulares dos respectivos Estados. Ainda que oficiais essas orientações não
são obrigatórias, cabendo às escolas certa margem de autonomia na sua adoção e
interpretação, tal autonomiaé exercida na pratica, mas em virtude há uma grande
distância entre as prescrições e as escolas, do que uma deliberação expressa
dos estabelecimentos de ensino e de seu corpo docente, visto que a maioria dos
professores sequer chega a tomar contato direto com as propostas.
Os
municípios que possuem escolas próprias podem também, como entidades
federativos, oferecer orientações curriculares específicas às suas redes de
ensino. Os mais desenvolvidos e com recursos humanos mais qualificados têm
também aprimorando a capacidade de sistematiza suas orientações sobre o
currículo.
Essa
pluralidade e aparente diversidade de orientações curriculares no país acaba se
diluindo e empobrecendo, porque o currículo em curso nas salas de aula reflete
frequentemente grande atrelamento dos professores aos livros didáticos que
adotam.
Há
no Brasil um enorme descompasso entre o esforço de renovação curricular
realizado pelas secretárias de educação e as mensagens curriculares veículadas
através dos livros didáticos. Há várias décadas, inclusive nos anos 40, tendo
passado apenas por maquiagens modernizadoras sem alterar o conteúdo e
metodologia no decorrer de várias edições sucessivas. Além de que, parte das
editoras está concentrada nas regiões Sul do país, onde os autores têm como
referências as informações decorrentes de sua região. Este estudo se propõe,
entretanto, a dimensionar o quanto as práticas escolares se afastam ou se
aproximam das orientações dos órgãos gestores dos sistemas de ensino sobre o
currículo.
Pretendemos
antes, analisar o discurso vinculado pelas propostas curriculares vigentes no
país que, valorizadas pelos aparatos técnico burocráticos encarregados de
produzi-los, criarem verdades ao oficializarem saberes e legitimidade posturas.
Isso leva as propostas curriculares a se transformarem em objeto de disputas
político-ideologicas de grupos concorrentes que visam a hegemonia na área.
A implementação de práticas alternativas de
organização e gestão da eacola depende bastante da atuação da direção e
coordenação pedagógica. Há uma diversidade de opiniões sobre o papel do
diretor, principalmente, sobre se lhe cabem tarefas apenas administrativas ou
também tarefas pedagógicas , em sentido mais restritos. Preferismos optar pela
seguinte posição: o diretor de escola é o responsavel pelo funcionamentoadministrativo
e pedagógico, portanto, necessita de conhecimentos tanto administrativo quanto
pedagógicos. Entretanto, na escola ele desempenha predominante a gestão geral
da escola e especificamente as funções administrativas (relacionadas com o
pessoal, com a parte financeira, com o prédio e os recursos materiais,com a
supervisão geral das obrigações de rotina do pessoal, relações com a
comunidade), delegandoa parte pedagógica ao coordenador ou coordenadores
pedagógicos.
Uma
vez tomadas as desisões coletivamente, participativamente, é preciso colocá-las
em praticas. Nessa
hora, a escola precisa estar bem coordenada e administrada. Não se quer dizer
com isso que o sucesso da escola reside unicamente na pessoado diretor ou numa
estrutura administrativa autocrática- aquela em que o diretor centraliza todas
as decisões. Ao contrario, trata-sede entender o papel do diretor como um
lider, uma pessoa que consegue aglutinar as aspirações, os desejos,as
expectativas da comunidades escolar e articular a adesão e a participação de
todo os segmentos da escola na gestão de um projeto comum. Como gestor da
escola,como dirigente o diretor tem uma visão de conjunto de uma atuação que
apreende aescola nos seus aspctos pedagógicos, culturais, administrativos,
financeiros.
Em razão disso, a
escolha do diretor requer muita responsabilidade do sistema de ensino e da
comunidade escolar. Infelizmente, predomina ainda no sistematiza público
brasileiro a nomeação
arbitrária de eiretores pelo governador ou
prefeito, geralmente para atender conveni~encias e interesses políticos-
partidários, colocando o diretor como representante desses interesses, inibindo
seu papel de coordenador e articulador da equipe docente. Segundo LIBÂNEO (2004, pag. 113):
Na
década de 80 foi liberado por Estados das regiões Sudeste e Sul que, tendo
eleito governos de oposição ao regime militar, pleiteavam uma conduta
democrática em relação à redefinição de políticas públicas. Sendo Estados mais
populosos e também mais desenvolvidas economicamente, eles estiveram à frente
da grande mobilização que ocorreu na sociedade com a promulgação da
Constituição Federal de 1988, seguida de eleição direta para a presidência da
República. Nesse período que se chamou de transição democrático, a mobilização
intensa da sociedade civil e o debate político trouxeram à tona questões até
então restritas a alguns de seus segmentos representativos.
Dentre
as que mais sobressaíam no cenário nacional, encontravam-se a participação
democrática e a descentralização, que visavam a recuperação da importância dos
poderes estaduais e municipais.
Mediante
a ampliação do exercício da cidadania, buscava-se legitimar os marcos que
redefiniriam as regras do jogo democrático na sociedade, criando os canais
institucionais por onde se escoariam as reivindicações dos movimentos populares
e de outros segmentos sociais.
1- Princípios e características da Gestão Escolar Participativa.
Cabe ao coordenador, organizar e
gerenciar todas as atividades de uma escola, auxiliado pelos demais componentes
do corpo de coordenadores e do pessoal do administrativo, atendendo as leis,
regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às
tomadas de decisões na unidade escolar, o assistente ou adjunto de diretor
desempenha as mesmas funções na condição de substituto eventual do diretor.
Com a tarefa de promover a
apropriação de saberes, procedimentos, atitudes e valores por parte dos
educandos, a educação escolar necessita da mediação dos professores e
organização e gestão da escola. O objetivo e principal função pedagógica da
escola é de propiciar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas,
sociais e morais pelo seu empenho, no desenvolvimento de pensar, na formação do
cidadão participativo e na formação da ética.
Com essa função delegada a escola a
gestão deve ser democrática e participativa, onde todos participam dessa
organização tenham a sua participação e possa fazer parte das tomadas de
decisões dentro do âmbito escolar, onde as mesmas não devem ficar somente ao que
ocupa o cargo de diretor, mas a equipe toda que esta inserida na unidade
escolar.
Hoje vemos muitas escolas com ótima
qualidade no ensino e isso não se deve somente ao diretor por seu bom
administrador, mas a equipe escolar toda, o sucesso é de todos, pois
educação se faz com participação e colaboração de todos os envolvidos.
Para se conquistar a cidadania é
preciso esforço dos educadores em estimular instâncias e práticas
participativas da população o conhecimento e a avaliação dos serviços
oferecidos e a intervenção organizada na vida da unidade escolar. De acordo com
Gadotti e Romão (1997, p. 161,
a participação influi na democratização da gestão e na
melhoria da qualidade de ensino).
Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento
da escola,
conhecer com mais profundidade os que nela
estudam e trabalham intensificar seu desenvolvimento com ela e, assim, acompanhar
melhor a educação ali oferecida.
Algumas modalidades mais conhecidas
de participação estão o conselho de classe, os conselhos de escola, colegiados
e associações de pais e mestres.
Participação acontece quando
profissionais da educação e dos usuários (pais e alunos) atuam na gestão da
escola. Vivenciando a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola,
os pais, os professores, os alunos vão aprendendo a sentirem-se responsáveis
pelas tomadas de decisões que os afetam num âmbito mais amplo da sociedade.
O fundamento da concepção
democrático participativo de gestão escolar é a autonomia, razão de ser do
projeto pedagógico curricular. Tem de forma definida como faculdade das pessoas
de autogovernar-se, de decidirem sobre seu próprio destino.
Segundo Libâneo (2004, pág. 141), a
autonomia de uma instituição significa ter poder de decisão sobre seus objetivos
e suas formas de organização, manter-se independente do poder central,
administrar seu próprio recurso financeiro.
Desse, modo a escola pode seguir seu
próprio caminho, envolvendo professores, alunos funcionários, pais e comunidade
próxima que os tornam também responsáveis pelo sucesso da instituição escolar,
assim a organização se transforma em uma instância educadora, espaço de
trabalho coletivo e de aprendizagem.
As escolas públicas não são
instituições e organismos isolados, elas integram um sistema escolar e dependem
das políticas públicas e da gestão pública. Ou seja, os recursos para pagamento
de funcionários, as condições de trabalho e da formação continuada não são da
responsabilidade da própria instituição e sim da rede que está veiculada seja
municipal ou estadual. Essa articulação sempre estará com problemas para
solucionar. O sistema de ensino pode estar desvinculado de uma política global,
mau organização e mal administrado.
Outro princípio da gestão
democrática participativa conjuga o exercicio responsável e compartilhado da
direção e a equipe escolar formula o plano ou projeto político pedagógico, toma
as decisões por meio de reuniões e discussões com a comunidade escolar, aprova
um documento orientador. Onde entram em ação as funções do diretor no processo
de coordena, mobiliza, motiva, lidera, delega responsabilidades decorrentes das
decisões obtidas em grupo aos membros da equipe escolar conforme as suas
funções específicas.
O princípio da autonomia requer um
vínculo com a comunidade educativa, essa participação com os pais tem várias
implicações e onde é formada os conselhos e as associações para preparar o
plano da escola o projeto político pedagógico é acompanhar e avaliar a qualidade dos serviços prestados, isso
aumenta a capacidade de fiscalização da sociedade civil sobre a execução da
política educacional.
Outro fator de uma gestão
democrática participativa é a formação continuada dos funcionários da equipe
escolar, a organização e a gestão de trabalho escolar requerem o constante
aperfeiçoamento profissional.
A equipe deve investir no diálogo e
consenso sempre nas tomadas de decisões, mudando desse sistema autoritário onde
um manda e todos obedecem. De acordo com Libâneo (2004, pág. 146) é preciso
insistir que o conjunto da ações de organização do trabalho na escola esteja
voltado para as ações didáticas-pedagógicas, esse controle implica uma
avaliação mútua entre direção, professores e comunidade.
1.1.
Escola e gestão democrática: realidade ou utopia?
A democracia é uma
construção, em nosso país vem se dando a sua consolidação em alternados
momentos de repressão e liberdade. Aproximadamente a quatro décadas que saímos
de uma severa ditadura e passamos a viver em um regime democrático. É óbvio que
ainda para garantir os direitos a cidadania a escola pode e deve ajudar a
transformar a maneira como a qual nos relacionamos com a democracia e a mesma
deve ser um espaço de exerício dessa convivência democrática.
Frequentemente
falamos em uma escola democrática, mas muitas delas ainda estão reprovando
indiscriminamente durante anos consecutivos alunos, sem considerar o ser
diferente e os vários conhecimentos já adquiridos na sua vivência. Essas
questões pertubam e incomodam muitos educadores preocupados com o sucesso educacional.
Mas
afinal, existe interesse em uma gestão democrática? Qual seria então o papel da
democracia na escola?
É
visível muitas vezes, na gestão educacional, uma administração voltada com
ações na verdade, reprodutoras de uma socisedade infelizmente alienada e
passiva, ditando regras e não estabelecendo uma relação dialógica ideal com os
envolvidos, estabelecendo meramente uma transmissão de ordem, alegando na
maioria das vezes cumprirem determinações que lhes vem de cima não
proporcionando assim, momentos para discussão. Segundo ROSSI. 2001. pag.:
A
política educacional apesar de suas iniciativas e de sua aparente autonomia,
tem um ponto comum: o empenho em reduzir
custos, encargos e investimentos públicos,buscando transferí-los ou dividi-los, com a iniciativa
privada e organizações não
governamentais.
O controle ainda é muito forte mesmo sabendo
que o poder e a autoridade são necessários em muitos momentos dentro de várias
organizações, intermediando e viabilizando ações criativas para melhora,
observa-se ainda um controle rígido, um descompasso e muito pouca participação
da comunidade escolar como um todo (professores), pais, funcionários, liderança
de bairro, no processo da gestão escolar, causando assim automaticamente uma
acomodação, em que as pessoas não de mobilizam para nada e ficam alheias,
esperando sempre serem orientadas ou então aceitam passivamente tudo que venha
das entidades superiores ou autoridades competentes, sem nenhum questionamento
critico construtivo.
Com
frequência esta suposta gestão, se mascara como sendo democrática e acaba
atendendo de forma a não priorizar principios básicos democráticos,
distanciando não só do caráter da coletividade, como também o diálogo e o
processo decisório.
O autoritarismo dentro de uma gestão
educacional deve ter cuidado de não se estender a um modelo vertical,
privilegiando as relações horizontais entre seus integrantes, mediando as
discussões, as trocas de ideias, veridicamente, verdadeiras ações democráticas.
Viabilizando a produção de conhecimento de atitudes, a inserção de cidadões
participativos e criativos e junto com a sociedade repensar no sistema de
ensino só assim poderá alcançar o sucesso escolar. É importante que o gestor
conte com a participação da comunidade interna e externa e junto assumem a
responsabilidade na construção de um projeto de ensino de qualidade, libertando
das marcas de autoritarismo
desenvolvendo caracteristicas de educador com planejamento e participação da
comunidade interna. Nessa concepção de gestão colocando uma nova configuração de poder e autoridade
no sistema educativo e assim teriamos uma gestão democratica e participativa,
sendo assim gestão democrática significa a junção de fatores de instrumentos
formais e praticas efetiva com participação da escola e sua singularidade com
articulação de um sistema de ensino promovendo a participação das politicas
educacionais. Nesse contexto educacional são relacionado a globalização tudo se
globalizou e continua a se globalizando transformando o próprio principio
humano. De acordo com FERREIRA (2003, pag.6 ),[...] Nesse contexto de mudança a
gestão da educação necessita ser repensada e ressignificada ante a cultura
globalizada, necessita comprometer se com a fraternidade a solidariedade, a
justiça social e a construição humana do mundo.
A
realidade de hoje exige que busquem qualificações para atuar em qualquer área e
não seria diferente na educação e quem não acompanha as mudanças estará
excluindo-se do trabalho do futuro, no mundo globalizado que estamos vivendo
existe fatos que influencia no desenvolvimento de tudo que possamos realizar
como um proficional da educaçãoque temos como missão formar lideres capazes de
criar idéias com qualidade dignidade, capacidade , liderança e percepção com
foco sem fugir da realidade. Segundo
LIBÂNEO,(2004,p.107 ):
[...]
a organização e a gestão constituem o conjunto das condições dos meios
utilizados para assegurar o bom funcionamento da instituição escolar, de modo
que alcance os objetivos esperados. Os termos organização e gestão são,
frequentemente, associados à idéia de administração, de governo, de provisão de
determinada instituição social – família, empresa, escola, órgão público,
entidades sindicais, culturais, científicas, etc. – para a realização de seus
objetivos.
Há
pelo menos duas maneiras de ver a gestão educacional centrada na escola, na
perspectiva neoliberal, a centralidade que a escola assume corresponde a uma
ausência do Estado, delegando às comunidades e às escolas a iniciativa de
planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Na perspectiva
sócio-crítica, a decisão significa valorizar as ações concretas dos
profissionais na escola que sejam decorrentes de sua iniciativa, interesses e
motivações em razão do interesse público dos serviços educacionais prestados,
sem com isso desobrigar o Estados de suas responsabilidades.
2
- Organização e Administração
Atribuirmos
o termo organização, podemos ver que a escola como unidade social tem como objetivo de ensinar e em muitos casos
torna-se comércio ou centro de atendimento, como psicológo, psiquiatra entre
outro . Sendo que antigamente a escola não era e não é para ser uma organização
social. Os pais levava seu filhos para a escola ciente do eles iam fazer , hoje
o professor precisa educar o seu aluno e depois ensina-lo o que realmente e o
sua obrigação de passar o conhecimento que cabe a ele passar e ao aluno
aprender.
E com isso muitas vezes as
instituições deixam de execerem seu papel e passam a cuidarem do social
deixando de agir de modo que exige o sistema, sendo assim fica definido que
organização funciona. Organização diferentes concepçoes e cabe ao diretor
passar as decisões que deveria ser discutida com o grupo e no entanto já vem
decidido e é colocado de maneira a se cumprir sem um plano elaborado sem a
paticipação de todos como deveria ser, já numa gestão democratica e
participativa as decisões são tomadas com a participação de todo o grupo. No sentido
restrito da administração, seu caráter contraditório é reforçado pelo confronto
dos interesses de classe no interior dos processos de trabalho coletivos. O que
vai definir o perfil de uma
administraçãose autoritária ou democratica se ''reiterativa e
conservadora ou criativa e progressista”(PARO,1986,p.28), sera a qualificação
de seus fins e a escolha dos processos utilizados.
PARO, (2001,p.18 ) também lembra-nos que no senso comum de uma sociedade
autoritária, a gestão aparece ligada a relações de mando e submissão, mas não é
isso que lhe dá a especificidade e a razão de ser. Segundo o autor, ao
administrar, ou ao gerir, utilizam-se os recursos da forma mais adequada
possível para a realização de objetivos determinados. Assim, o autor coloca em
relevo duas dimensões que devem ser elementos constitutivos da gestão: a ética
e a liberdade. No campo da ética, trata-se de garantir, pela educação
desenvolvida na escola, o contato com a mais ampla, complexa e rica variedade
de concepções que apontem para o constante desenvolvimento de novos valores
comprometidos com uma sociedade melhor. No campo da liberdade, o papel da
gestão escolar está inextricavelmente ligado à questão da democracia, não
apenas porque, pela educação, faculta-se ao educando o acesso à ciência, à
arte, à tecnologia e ao saber histórico, mas porque podem propiciar a aquisição
de valores e recursos democráticos propiciadores da convivência pacífica entre
os homens em sociedade.
A gestão democratica participativa nos ultimos
anos tem provocados debates nas escolas numa perpectiva de melhoria na busca de
qualidade,buscando entender como as escolas implementa a participação de todos para
atingir a qualidade no ensino e formar cidadões capazes criativos
responsaveis conpetentes. [ ...a
participação democratica na gestão escolar deve ser principiada pelos
conhecimentos dos papéis de cada proficional que direto e indiretamente vivenciam as rotinas de escola,os
projetos ea construçãodos documentos intrinsecos ao desenvolvimento do ensino
na escola, especialmente no Projeto Politíco pedagógico...]LUCK (2002, pag.62).
Sendo
assim vemos que parte dos professores não contribuem para o desenvolvimento da
escola calando-se diante de situação que se houvesse uma participação coletiva
junto com a gestão no sentido de democracia a qualidade do ensino seria melhor.
Diante desta realidade acreditamos que
para diminuir as dificuldades a participação dos profissionais é importante que
haja um estudo na proposta pedagógica buscando qualidade de ensino e para que
aconteça também precisa preparar o profissional que as vezes se omite para não
mostrar a falta de preparo em determinadas situações.
A
participação é o princípal meio de assegurar a gestão democratica, o
envolvimento dos integrantes da escola nas decisões, a aproximação de
professores, alunos e pais isso fara com que as metas sejam atingidas no
sentido mais pratico dando oportunidade ao grupo para definir os trabalhos
coletivamentes.
Segundo LIBÂNEO (2004,p.101), a gestão
é a atividade pela qual são mobilizadas meios procedimentos para se atingir os
objetivos da organização envolvendo os aspectos gerenciados e
tecnico-administrstivo.
A gestão cuida de
gerir a área educativa da escola estabelecendo e propondo metas a serem
atingidas com objetivos gerais e específicos oferecendo oportunidades para que
o aluno aprenda a compreender a vida a sociedade e a si mesmo.A gestão
democratica defende a coletividade deixando que cada um assume seu papel de
membro de equipe e faça seu trabalho pela qual se compreenda a divisão das
tarefas entre todos os setores da instituição escolar.
Conclusão
Concluímos
que propor uma gestão democratica é contar com a participação de pais educadores alunos e funcionários isso passa a
ser uma utópia que significa não existe
e nem vai existir este tipo de gestão
que todo gestor deseja para sua escola,
imaginem uma escola onde nada acontece: onde não há divergência, isso sim é um
sonho.
A
gestão democratica consiste em tomar consiência dar condições concretas que
aponta para um projeto no interior da escola para se ter uma escola
transformadora, precisamos transformar a escola que já existe. O que existe
hoje é um sistema hierárquico que o poder fica nas mãos do diretor, assim como
a autonomia, a participação se opõe as formas autoritárias de tomar decisão,
buscando a construção coletiva de objetivos como organização e metas da escola,
a participação é o meio de alcançar os objetivo
da escola viabilizando a qualidade no processo de ensino e
aprendizagem.
Sendo
papel do educador na sociedade de formar cidadões criticos, criativos com
capacidade de pensar e aprender a trabalhar em grupo e de se
crescer como pessoa e educadores.
REFERÊNCIAs
BIBLIOGRÁFICAS
LIBÂNEO, José
Carlos.Organização e Gestão da escola. Goiânia: Alternativa, 2002.
LIBÂNEO, José
Carlos.Organização e Gestão da escola: Teoria e pratica. Goiânia:
Alternativa,2004. 5 ed.
PARO, V. H. Escritos
sobre educação. São Paulo: Xamã,2001.
LUCK. Heloisa. Aescola
participativa:O trabalho do gestor escolar. São Paulo:Cortez,2002.
Postado por: E.M.S.Neves
0 comentários:
Postar um comentário