A IMPORTÂNCIA DE PREPARO PARA ENSINAR CRIANÇAS ESPECIAIS

   Alunas: Aline Ferreira da Costa de Farias
                                                                                    Marcia Aparecida Corrêa de Souza

Resumo

A educação inclusiva no Brasil ainda está em seu estado inicial, e sabemos que o apoio e o investimento dos governos são necessários. Assim, esperamos que o contínuo aprimoramento de projetos nesse sentido, tanto na formação, como na formação continuada de professores, com o tempo acabe ou pelo menos minimize os pontos decadentes do atendimento aos portadores de necessidades educacionais especiais. Tendo a vista a realidade da educação no Brasil, a sociedade escolar e os professores não estão devidamente preparados para apresentar a esses alunos um trabalho de qualidade. E, assim juntos estaremos buscando as dificuldades enfrentadas por estes professores no seu dia a dia, pois somente quando o professor se depara com um aluno na sala é que realmente vai se preocupar em fazer cursos e se aperfeiçoar mais sobre as dificuldades do aluno, atualmente a educação especial é uma realidade nas redes públicas de ensino e está cada dia mais presente no nosso cotidiano e ter uma mera idéia de como os professores estão se preparando para recebe-lôs.

PALAVRAS CHAVE: Inclusão, Preparo docente e Educação Especial.






Abstract

Inclusive education in Brazil is still in its initial state, and we know that government support and investment are needed. Thus, we expect continuous improvement projects in this direction, both in training and in-service teacher training, with the time runs out or at least minimize the points decadent care to those with special educational needs. Having seen the reality of education in Brazil, society and school teachers are not adequately prepared to present these students a quality job. And so we are seeking together the difficulties faced by these teachers in their day to day, because only when the teacher comes across a student in the room is that really going to worry about making courses and improve more on the difficulties the student is currently special education is a reality in public schools and is increasingly present in our daily lives and have a simple idea of ​​how teachers are preparing to receive them yourself.

KEY WORDS: Inclusion Teacher Preparation and Special Education.




Introdução

Muito se fala em Educação Especial nos dias atuais, esta na mídia conseqüentemente em muitas classes sociais. Nos cartazes, nas propagandas no “papel” é tudo muito lindo e fácil, porém na realidade de um professor com aluno incluso é fácil? O professor tem suporte? Recebe algum treinamento, incentivo para desenvolver esse trabalho? E a escola como um todo, ou melhor, toda a comunidade escolar esta preparada para receber esse aluno?
O mundo globalizado e competitivo nos leva a buscar novos conhecimentos onde buscamos como educadores a importância de aprender e ensinar os fundamentos da educação especial, a informação ocorre a todo o momento e de toda forma. Nesta geração crianças estão sendo geradas cada vez com menos estrutura, cada vez com mais necessidades educacionais especiais, onde o papel do professor é mais importante ainda no seu desenvolvimento.
Na relação ensino aprendizagem, quem ensina aprende e quem aprende tem algo novo a ensinar, pois a educação se baseia na construção do conhecimento, tendo como suporte a busca de novas práticas, saberes e significações superando os obstáculos do professor para educação especial.
Este trabalho terá como objetivo saber se o professor está preparado para atender e ensinar os alunos com necessidades educacionais especiais. Visando o papel docente como ponto importante no processo ensino aprendizagem.
Tendo como base uma educação de qualidade em educação especial, nosso objetivo com este trabalho é levar o conhecimento a professores e a escola como um todo, receber em suas salas de aula alunos inclusos.
Tendo a vista a realidade da educação no Brasil, a sociedade escolar e os professores não estão devidamente preparados para apresentar a esses alunos um trabalho de qualidade. E, assim juntos estaremos buscando as dificuldades enfrentadas por estes professores no seu dia a dia.
A pesquisa foi realizada com 32 dois professores que trabalham na escola nos período matutino e vespertino e com a professora que atende os alunos na sala de recursos multifuncionais, os dados coletados foram junto a Direção e coordenação da mesma.


  1. O preparo de aprendizado de crianças especiais

Segundo a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96, no artigo 59, propõe que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica aqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental em virtude de suas deficiências e; a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar.
            Em 1999, o Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial  ao ensino regular.
            Acompanhando os processos de mudanças, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação básica, Resolução CNE/CEB Nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que:
            O sistema de ensino deve matricular todos os alunos, cabendo as escolas organizarem-se para o atendimento aos educados com necessidades especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).
            Com base na Lei nota-se que alunos inclusos necessitam de professores habilitados para que os mesmos desenvolvam de acordo com sua forma, e tempo de aprendizagem em seu avanço na educação regular.
Para o sucesso do processo de inclusão, faz se necessária uma série de medidas que gradativamente reformulem o ensino, onde o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino precisa que os profissionais que atuam na área possuam conhecimentos em diferentes áreas, para gerar um saber interdisciplinar, para o sucesso do processo ensino aprendizagem.

Na realidade o grande ponto nesta questão é o interesse e a vocação do docente envolvido, pois o grande problema é o desinteresse em trabalhar corretamente com os alunos inclusos, claro que temos também a parte burocrática e prática para que a educação especial aconteça.




2. Capacitação de professores x estrutura escolar
Mrech conceitua a inclusão da seguinte forma:
- atender aos estudantes portadores de necessidades especiais na vizinhança da sua residência.
- propiciar a ampliação do acesso destes alunos às classes regulares.
- propiciar aos professores da classe regular um suporte técnico.
- perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes.
- levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças portadoras de deficiência.
- propiciar um atendimento integrado ao professor de classe comum do ensino regular.
O conceito de inclusão não é:
- levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado.
- ignorar as necessidades específicas da criança.
- fazer as crianças seguirem um processo único de desenvolvimento, ao mesmo tempo e para todas as idades.
- extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo.
- esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças portadoras de necessidades especiais sem um suporte técnico.

            Hoje em dia as escolas que atendem alunos inclusos muitas vezes não são estruturadas para dar suporte aos professores regentes e aos professores de apoio, para alfabetizá-los com o material didático que utilizarão em sala somente um trabalho em conjunto e contínuo terá resultado e avanços que o aluno necessita será percebido no decorrer do processo ensino aprendizagem.

3. Pesquisa de campo.


A pesquisa foi realizada no período de Agosto a Setembro de 2012, em uma escola da rede municipal que atende a pré-escola e ensino fundamental de Rio Brilhante MS.
A escola em si atende uma média de 49 alunos com laudo, possui sala de recurso multifuncional, onde os alunos freqüentam uma vez por semana durante 1 hora, no horário inverso a aula. Possui também rampas adequadas para cadeirantes, banheiros adaptados e material didático próprio para seus atendimentos de acordo com as necessidades de cada aluno atendido. As salas com alunos inclusos contam com a ajuda de um Profissional de Apoio, dos quais alguns possuem conhecimento na área da educação especial, a secretaria de educação oferece cursos de capacitação a estes profissionais que relatam diariamente o ensino aprendizagem do aluno incluso.
Para a realização da mesma, foi elaborado pelas autoras um questionário aplicado junto a 32 professores da Escola citada acima, para posteriormente fazer uma analise das respostas.
Quadro 01: Questionário aplicado junto aos Professores

1-      Quantos professores trabalham na escola e foram entrevistados?

2-      Destes quantos possuem cursos na Ed.especial?


3-      Qual foi o interesse em fazer cursos na área da Ed. Especial?

a)      Por trabalhar com alunos em sala de aula;
b)      Por gostar do assunto;
c)      Por ter familiares ou conhecidos que necessitam da Ed. Especial;
d)     Outros.

4-      Aos professores que não tem curso em Ed. Especial, qual o motivo?

a)      Falta de interesse;
b)      Falta de oportunidade;
c)      Por não gostar de assunto;
d)     Outros.

5-      Qual destes cursos possui?

a)      Libras;
b)      Braille;
c)      Cursos que abrangem TDAH, deficiência física neuromotora, altas habilidades;
d)     Outros.

    Fonte: Pesquisa das autoras




Analise / Discussão




Para realização do presente trabalho foram entrevistados 32 professores que atuam na rede municipal de ensino da educação infantil ao ensino fundamental, destes 32 professores 20 possuem cursos na área da educação especial e 12 não possuem cursos nesta área. Os que possuem13 procuraram realizar cursos por terem alunos inclusos em sala de aula, 03 professores mostraram interesse pelo assunto e 01 por ter familiares ou conhecidos que necessitam de atendimento da educação especial.
            Os professores que não possuem curso na área da educação especial 05 alegaram falta de interesse no assunto, 05 falta de oportunidade e 03 por não gostarem do assunto.
Perguntado aos professores qual curso possuem responderam que 09 já participaram de cursos de Libras, 02 de Braille e 09 outros cursos que contemplam alguma área da educação especial.



Gráficos
1-Qual foi o interesse em fazer cursos na área Educação Especial?



fonte: pesquisa das autoras

2-Professores que não tem cursos em Educação Especial



fonte: pesquisa das autoras


3-Qual destes cursos possui?

*Cursos que abrangem: TDAH, Deficiência física neuromotora, Altas Habilidades.



fonte: pesquisa das autoras

  
Considerações Finais:

  
             Ao elaborarmos este artigo tivemos a preocupação primeiramente nos alunos inclusos que hoje estamos cada vez mais os recebendo nas salas de aulas, e assim ter uma idéia de como os professores estão se preparando para atendê-los e para dar o apoio necessário para que o ensino aprendizado do aluno tenha bons resultados e que tenha uma vida normal como de todos os cidadões.
Sabemos que ainda há muito preconceito nesta área, muitos professores não se sentem preparados para atuarem, e muitas das vezes não se interessam em fazer cursos sobre o assunto e assim atingir os objetivos que a educação especial necessita. Para isso é necessário que todos os docentes da escola estejam preparados para lidar com a inclusão, elaborar projetos que envolvam toda a comunidade escolar para  criar vínculos com a educação especial e estabelecer uma via de comunicação com instituições e escolas que trabalham com alunos inclusos.


Referências Bibliográficas:

                                         
brasilescola.com/educacao/educar-para-uma-sociedade-inc

educador.brasilescola.com/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm/ acessado em 03/11/2012.

http://www.crmariocovas.org.sp.br/ acessado em 26/10/2012.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA DO BRASIL. Educação especial no Brasil. Brasília, DF, 1994.

____, Subsídios para organização e funcionamento de serviços de educação especia: área de deficiência mental. Brasília, DF, 1995.

____, Diretrizes sobre estimulação precoce: o portador de necessidades educativas especiais. Brasília, DF, 1995.

____, Política Nacional de Educação Especial. MEC/SEEESP/1994.

____, Saberes e Práticas da Inclusão- Dificuldades Acentuadas de Aprendizagem - Defiência Múltipla - Brasília, 2004.

____, Saberes e Práticas da Inclusão : dificuldade de educação e sinalização: surdez - Brasília, 2004.

____/UNESCO. O processo de Integração Escola dos alunos portadores de necessidades educativas especiais no sistema educacional brasileiro. MEC/UNESCO, 1995.

Postado  por: E.M.S.Neves

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