CIÊNCIAS SOB OUTRO OLHAR
Caroline Martins da
Motta
O
formalismo dominante nas atividades escolares apresenta profundo contraste com
as técnicas de comunicação usadas hoje em dia, nas relações sociais, nos
divertimentos, no trabalho e na imprensa falada, escrita e virtual. Os alunos,
facilmente, estabelecerão paralelos deprimentes para os processos escolares,
ainda predominantemente expositivos e monologados. É quase um milagre da
natureza humana que essa massa enorme de adolescentes politizados pelos jornais,
revistas, computador, internet, cinema, televisão, suporte o tipo de escola
verbalista, que os professores lhe oferecem, sem demonstrarem maiores sintomas
de revolta (Lima, 1971).
A
compreensão do que é Ciência por meio de uma perspectiva enciclopédica,
livresca e fragmentada não reflete sua natureza dinâmica, articulada, histórica
e não neutra, conforme é colocada atualmente (Brasil, 1998). Por isso, qualquer
curso deve incluir uma diversidade de modalidades didáticas, pois cada situação
exige uma solução própria; além do que, a variação das atividades pode atrair e
interessar os alunos, atendendo às diferenças individuais (krasilchik, 2004).
Assim, o estudo de ciências de forma
exclusivamente livresca, sem interação direta com os fenômenos naturais ou
tecnológicos, deixa enorme lacuna na formação dos estudantes. Sonega as
diferentes interações que podem ter com seu mundo, sob orientação do professor.
Ao contrario, diferentes métodos ativos, como a utilização de observações,
experimentação, jogos, diferentes fontes textuais, para obter e comparar
informações, por exemplo, despertam o interesse dos estudantes pelos conteúdos
e conferem sentidos a natureza e á ciência que não são possíveis ao estudar
ciências apenas em um livro (Brasil, 1998).
Dessa forma devemos ensinar ciências proporcionando seus procedimentos
fundamentais, como a investigação, o debate, a observação, a experimentação, a
leitura, a construção de materiais didáticos e a busca pela informação em
fontes variadas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino mediante a
quadros negros e livros didáticos com conteúdos pautados pelo seu caráter
cientifico e sistemático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos: Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAVALCANTI,
K. Uma chance para mata. Revista Terra. Outubro
de 2003.
KRASILCHIK, M. Prática
de ensino de biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2004. 197 p.
SONCINI, M. I. & CASTILHO Jr. M. Biologia. 2ª ed. São Paulo:
Cortez, 1988.
SILVA Jr.
C. & SASSON S.
Biologia 03 , 4ª ed.
Saraiva, 1997.
0 comentários:
Postar um comentário