CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL CRIANÇA ESPERANÇA I
APRENDENDO E BRINCANDO COM A CULTURA INDÍGENA
RIO BRILHANTE, MS
OUTUBRO/NOVEMBRO/2012
CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL CRIANÇA ESPERANÇA I
Diretor: Veimar Luis Agostinelli
Vice diretora: Nádia Maria Bassani de Oliveira
Coordenadoras: Eclair de Oliveira Silva Santos
Rosely Sabino dos Santos
Professores:
Adailson Batista dos Santos
Deis Almeida da Conceição
Edite Gonçalves Serra
Márcia Marcelino de Araujo de França
APRENDENDO E BRINCANDO COM A CULTURA INDÍGENA
Projeto realizado baseado no componente curricular:
Recreação, espaço e natureza, português, história
e artes com os alunos do 3º ano “A” do Centro
Municipal Criança Esperança I.
RIO BRILHANTE, MS
OUTUBRO/NOVEMBRO/2012
SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA ................................................................................ 04
2 OBJETIVOS ........................................................................................ 05
3 METODOLOGIA ................................................................................ 06
4 CRONOGRAMA ................................................................................. 09
5 AVALIAÇÃO....................................................................................... 10
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 11
ANEXOS ...................................................................................................
1 JUSTIFICATIVA
Segundo Proença (2005) o encontro de raças caracterizou-se por um grande massacre não só de vidas, mas de uma belíssima cultura. Extinguiu-se línguas, mitos, costumes, conhecimentos, técnicas e artefatos. Sem dúvida um patrimônio cultural que jamais será recuperado. Na realidade podemos afirmar que desde a chegada dos portugueses no Brasil até os dias de hoje, tem havido uma luta constante contra o índio. Luta na qual só existe um ganhador. A vitória é daquele que se julga civilizado.
Foram 506 anos de dominação e, em que pesem as profecias de extinção definitiva dos povos indígenas no território brasileiro, previstas ainda no milênio passado, os índios estão mais do que nunca vivos (UNESCO, 2006).
Na América do Sul, o Brasil apresenta um significativo contingente de indígenas, embora corresponda a somente 0,4% da população total (LUCIANO, 2006).
A cultura indígena sempre esteve presente na história do Brasil desde os primórdios, influenciando constantemente nas tradições do país.
É válido ressaltar que os indígenas tiveram papel importante na nossa história e na nossa cultura com seus hábitos, costumes,vocabulário, técnicas alimentação etc.
Considerando a importância que a escola tem em estar constantemente em contato com as tradições do país, eis a necessidade de inserir no currículo escolar os elementos da cultura indígena.
Sancionada em 11 de março de 2008, a lei obriga as escolas a incluir elementos da cultura indígena no currículo escolar, determina que os sistemas normativos das culturas afro-brasileira e indígena integrem o conteúdo do Ensino Fundamental e Médio, dando ênfase às áreas de Literatura, Artes e História, tanto na rede particular quanto pública.
Segundo Cristine (2012) trabalhar a questão indígena na escola é fazer com que o país conheça a si próprio, oferecendo ao aluno condições para estar em contato com as tradições de seu país, em especial o Brasil que apresenta uma rica cultura, buscando sua valorização, promoção e preservação.
Levando em consideração que nos dias atuais o índio faz parte da cultura predominante, encontrando-se inserido na cultura não indígena e mesmo assim sofre grande preconceito por toda sociedade. Vê-se a necessidade de uma igualdade social, para tanto é necessária uma transformação dos conceitos humanos ainda na educação básica, pois a herança das culturas indígenas em nossa cultura é presente em nosso dia a dia. Mesmo assim, ela vem sendo tratada com preconceito por muitos brasileiros que não admitem formas de pensar e agir diferente das suas.
Sendo assim, apresentamos um projeto que proporcionará a os alunos um maior contato com a cultura indígena levando-os assim a entender melhor uma outra cultura e respeitá-la na sua diferença. Estas diferenças incluem desde as mudanças dos hábitos Indígenas onde na pré-escola os alunos aprendem que os índios caçavam e pescavam, costumes, e até mesmo a interferência da cultura do branco na cultura do índio e vice-versa.
Mas agora devido à diminuição dos espaços em área eles ficam confinados a reservas dependentes de órgãos públicos como exemplos podem citar a FUNAI, ensinando assim para o aluno estas diferenças que ocorreram ao decorrer do tempo, mostrando a realidade atual.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos gerais
Conhecer e sensibilizar as crianças sobre as brincadeiras oriundas das culturas indígenas, enfatizando a influência que o homem branco exerceu sobre eles e resgatando assim esta cultura por meio de atividades desenvolvidas na escola.
2.1 Objetivos específicos
• Diferenciar a vida do índio de antigamente da vida do índio na atualidade.
• Refletir sobre a influência do branco na cultura indígena.
• Valorizar hábitos e costumes dos povos indígenas.
• Investir na superação do novo aprendizado das brincadeiras em relação à cultura indígena.
• Conhecer e respeitar as regras das diferentes brincadeiras indígenas.
Este projeto foi desenvolvido no 3º ano “A”, no período Matutino, onde os alunos tiveram a oportunidade de interagir com a cultura indígena conhecendo seu hábito e costumes.
No primeiro momento foi feito a apresentação do projeto, para os alunos e a reprodução do filme: Tainá uma aventura na Amazônia. Após o filme foi feito questionamentos sobre o mesmo, sobre o comportamento e o conhecimento da Tainá, pois a mesma deparou-se com a realidade da cultura do branco que é totalmente diferente da sua cultura.
Foi trabalhadas atividades de ilustração dos personagens, enfatizando as letras iniciais dos personagens desenhados e desenhos livres e pinturas espontâneas, onde posteriormente com o seu desenho recontavam o filme de seu modo como ele entendeu.
Foi trabalhado também com os alunos a questão da alimentação e habitat dos animais através de atividades mimeografadas relacionadas à alimentação e o habitat dos animais.
Foi realizado também as brincadeiras da cultura indígenas na quadra da escola. As brincadeiras escolhidas foram as seguintes:
• Primeira brincadeira: Os pequenos índios brincam de "onça" (a que chamam de Yanokama). Uma criança se esconde no capinzal, e seu papel é surpreender as demais crianças, pulando sobre elas como se fosse o bote de uma onça.
• Segunda brincadeira: Entre os índios há um jogo chamado "caça ao veado".Um indiozinho faz o papel do veado e tem de fugir de outra criança que representa o caçador e de várias outras que representam os cachorros.
• Terceira brincadeira: As crianças formam uma fila, começando pelos mais fortes e altos. Cada criança abraça forte a da frente, passando os dois braços por baixo do colega. Uma das crianças fica fora da fila e representa um Gavião. Ele vai falando com cada um da fila dizendo que tem fome e ataca sempre a última da fila. Enquanto o Gavião tenta apanhar esse último, o grupo sempre abraçado tenta cercar o Gavião.
• Quarta brincadeira: As crianças também formam uma fila, todos sentados e abraçados ao colega da frente. O primeiro da fila se agarra firme a um toco. Um outro grupo tenta arrancar o último da fila e se utiliza de cócegas, arranhões e puxões bem firmes.
• Quinta brincadeira: Há brincadeiras que são representações do papel do adulto dentro da sociedade indígena. As crianças fingem estar doentes e imitam procedimentos de cura dos pajés adultos. Há também a imitação do casamento, onde os meninos fingem que saem para caçar, trazem folhas representando a caça e as entregam às meninas, que fingem preparar o alimento. Esse jogo tem variações interessantes: às vezes as meninas fingem arrumarem amantes enquanto o menino está fora caçando; quando este chega a casa, finge ter raiva da mulher enquanto o amante foge.
• Sexta brincadeira: A Brincadeira do Sapo Tuxáua. O Tuxáua (chefe) Sapo reúne seus parentes numa fila em sua aldeia, para perguntar o que cada um quer comer. Os sapos só podem responder mosquitos (carapanã). Aqueles que falarem outros alimentos como frutas (cuki, uacu e umari) ganham veneno do Tuxáua Sapo e morrem. Só sobreviverão os que acertarem a verdadeira alimentação dos sapos: os insetos. Como prêmio, os vencedores farão parte do grupo do chefe.
• Sétima brincadeira: A brincadeira mãe macaquinha. Uma criança representa a figura da “mãe”, onde ela fala para outras crianças e elas obedecem. Por exemplo: Mãe macaquinha mandou filhinhos dormir, outro exemplo: mandou acordar, pular, comer banana, etc.
• Professor
• Aluno
• Filme
• TV e DVD
• Quadra
• Massa de modelar
• Lápis
• Lápis de cor
• Borracha
• Sulfite
• Stêncil
• Mimeografo
• Máquina digital
• Impressora
CULMINÂNCIA
Foi feito uma exposição de cartazes com as atividades desenvolvidas durante o projeto e os pensamentos dos alunos a respeito do tema depois de ter conhecido um pouquinho da cultura indígena.
4 CRONOGRAMA
CRONOGRAMA
DE EXECUÇÃO
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Etapas do Desenvolvimento do
Projeto
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Meses 2012
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OUT
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NOV
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Apresentação
do projeto aos alunos
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X
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Projeção
do Filme Tainá
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X
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Questionamento
sobreo filme
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X
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Recontagem
do filme ( oralidade)
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X
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Ilustração
do filme com massa de modelar
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X
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Ilustração
do filme
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X
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Alimentação
dos animais
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Produção
de frases com os nomes dos animais.
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X
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Os
personagens do filme
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X
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Brincadeiras
indígenas
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X
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Brincadeiras
indígenas
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X
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Construção
de frases e palavras.
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X
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Frases
escondidas.
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X
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Ditado
de palavras e frases.
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X
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Ordenação
de frases e palavras.
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X
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A avaliação será constante, sendo avaliando a participação, o interesse e a criatividade, isto é, durante a execução de cada atividade desenvolvida pelos alunos.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRISTINE, Elen. Os benefícios da cultura indígena no currículo escolar. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/educacao/os-beneficios-cultura-indigena-no-curriculo-escolar.htm. Acessado em 18 de novembro de 2012.
LUCIANO, G. dos S. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD em parceria com o Museu
Parâmetros Curriculares Nacionais, História, MEC, Brasília, 2001.
Parâmetros Curriculares Nacionais, Geografia, MEC, Brasília, 2001.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte.Editora: Àtica, São Paulo,2005.
UNESCO. International Geoscience Programme (IGCP): Geoscience in the service of society. 2006.
www.jogosbrincadeiras.com.br
www.blog.educacional.com.br/verinaud/2010/09/.../brincadeiras
www.povosdamazonia.am.gov.br
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