Ana Cristina de Almeida Oliveira Pinheiro,
Eclair de Oliveira Silva Santos, Viviane Alves Vieira
Resumo:
Este
trabalho relata os problemas causados e sofridos pelo hiperativo no
relacionamento familiar, na escola e no convívio social onde com medicamentos
aliados a um tratamento psicológico, muita dose de amor, paciência, tolerância
e disciplina são capazes de amenizar ou até mesmo curar o Transtorno do Déficit
de Atenção com Hiperatividade - TDAH. A criança hiperativa, em sala de aula,
exige uma atenção especial por parte do professor e nada melhor que este esteja
bem preparado para saber contornar o problema, como posicionar este aluno em
sala de aula e como proceder nas tarefas e no relacionamento, sendo um mediador
entre o portador de TDAH e os demais alunos. Com uma didática e uma ação
pedagógica voltada para as necessidades especiais do hiperativo integradas a um
acompanhamento psicológico e medicamentos, é possível contornar o problema de
aprendizagem desta criança. O importante é o professor nunca atuar sozinho. É
importante ter a consciência de que o TDAH é uma doença; ter
"pudores", ignorar o assunto e deixar que com o crescimento ou
amadurecimento o problema termine Os pais junto com a criança hiperativa devem
procurar ajuda de um profissional competente e especializado em TDAH, pois só
ele é capaz de elaborar um diagnóstico e daí orientá-los a fim de tornar
passível de tolerância a convivência familiar, não deixando que o problema tome
uma dimensão sem controle, desmoronando uma estrutura até então sólida, base
fundamental para sustentar e manter unida uma família. Diagnósticos apressados
e equivocados têm rotulado crianças mal-educadas de hiperativas, pois alguns
dos principais sintomas podem estar presentes nos dois casos, daí a necessidade
de se procurar um médico de confiança e que conheça claramente o assunto.
Embora o TDAH seja mais comum nos meninos do que nas meninas em função do
hormônio testosterona que eles apresentam, pesquisas apontam que nas meninas o
fator complicativo é bem mais intenso. O essencial em ambos os casos é o
reconhecimento da doença e a busca de soluções. Atualmente muitas pesquisas
estão sendo elaboradas visando uma melhoria de vida para os portadores de TDAH
e a tendência é cada vez mais se avançar nesta área.
Palavra
chave: Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH).
INTRODUÇÃO
O artigo
em estudo ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade foi desenvolvido
através de pesquisas bibliográficas de acordo com o referencial teórico, visto
que é um problema muito sério que dificulta o trabalho do professor, pois, a
criança sem limites possui comportamentos parecidos com os da criança
hiperativa.
É
comum pais, professores e outras pessoas que convivem com esse tipo de criança,
apresentar um auto nível de estresse e se sintam perdidos na maneira de como
lidar com elas, também ocorre muitas frustrações nos alunos com esse tipo de
deficiência e em seus pais, sendo que a criança com TDAH é muitas vezes
considerada problemática, bagunceira, malcriada, indisciplinada e até mesmo
pouco inteligente.
Em
relação ao TDAH o maior problema encontrado é o fato de que o conhecimento
sobre ele seja muito pequeno entre pais, professores e até mesmo nas áreas
médicas e psicológicas. A maioria das pessoas com TDAH passa a vida inteira
sendo acusadas injustamente de mal-educadas, preguiçosas, loucas,
desequilibradas e temperamentais, quando, na verdade, são portadoras de uma
síndrome que, simplesmente, as faz agir de maneira impulsiva, desatenta e às
vezes, até mesmo caótica.
Desta
maneira a criança que possui este tipo de transtorno não tem que carregar um
estigma que a exclua da escola e do direito de aprender, essas crianças
necessita que a sociedade tome consciência e que lhes assegure; respeito a sua
individualidade e ao reconhecimento de suas possibilidades e competência para
não deixá-los fracassarem.
O
trabalho em questão contribui para que o professor possa identificar quando o
aluno realmente possui ou não a deficiência, tratando-o como os demais sem
preconceito, respeitando suas dificuldades e buscando novas práticas para sanar
suas dificuldades em sala.
Os
objetivos desta pesquisa são o de investigar e o de compreender os processos em
relação ao ensinar e o aprender, a partir da proposta da diversidade e da
inclusão da criança na escola, enfatizando questões relacionadas aos alunos
portadores de TDAH, agregando assim esforços para que a criança com dificuldade
de aprendizagem não carregue um estigma que a exclua da escola e do direito de
aprender.
Para
que o aluno não seja prejudicado no seu rendimento escolar e para que ele tenha
um convívio harmonioso com todos os que o cercam é necessário que os pais,
professores direção da escola e principalmente os profissionais da saúde
estabeleçam uma estrutura de relacionamento organizado.
Sendo
assim sobre o TDAH, enfatizam-se os problemas que os alunos com essa
deficiência têm que enfrentar como preconceitos e até mesmo rejeição pelos
colegas. Também se apresenta um breve histórico sobre as características que,
esses alunos apresentam, além de definir o comportamento da criança com TDAH.
A
hiperatividade vem afetando o rendimento escolar do aluno, fazendo com que ele
fracasse na vida escolar, com isso é de extrema importância que eles sejam
motivados pelos professores, onde as salas de aula devem ser organizadas e
estruturadas, com regras claras e materiais pedagógicos diversificados.
Sendo
assim sobre a Dificuldade de Aprendizagem em Sala com Alunos com TDAH,
enfatizam-se os problemas que os alunos com essa deficiência têm que enfrentar
como preconceitos e até mesmo rejeição pelos colegas. Também se apresenta um
breve histórico sobre as características que, esses alunos apresentam, além de
definir o comportamento da criança com TDAH.
DESENVOLVIMENTO
O
TDAH manifesta-se através das características centrais de hiperatividade, do
distúrbio de atenção (ou concentração), da impulsividade e da agitação. Como
consequências desses sintomas surgem, muitas vezes, outros graves problemas,
como distúrbios emocionais e dissociais de aprendizagem e aproveitamento.
De
acordo com a Associação Americana de Psiquiatria APP (2002, p. 112-113), esse
transtorno é assim definido:
Alguns
sintomas hiperativo-impulsivos que causam prejuízo devem ter estado presentes
antes dos sete anos, mas muitos indivíduos são diagnosticados depois, após a
presença dos sintomas por alguns anos. Algum prejuízo, devido aos sintomas,
deve estar presente em pelo menos dois contextos (por ex. em casa e na escola
ou trabalho). Deve haver claras evidências de interferências no funcionamento
social, acadêmico ou ocupacional apropriado em termos evolutivos. A perturbação
não ocorre exclusivamente durante o curso de um transtorno evasivo de
desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não é mais bem
explicada por outro transtorno mental (por ex. transtorno do humor, transtorno
de ansiedade, transtorno dissociativo ou transtorno de personalidade).
Os
indivíduos com este transtorno podem não prestar muita atenção em detalhes ou
podem cometer erros por falta de cuidados nos trabalhos escolares outras
tarefas. O trabalho frequentemente é confuso e realizado sem meticulosidade nem
consideração adequada.
Os
indivíduos frequentemente têm dificuldade para manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até seu término.
Eles frequentemente dão a impressão de estarem com a mente em outro local, ou
de não escutarem o que recém foi dito.
Os
indivíduos diagnosticados com este transtorno podem iniciar uma tarefa, passar
para outra, depois voltar à atenção para outra coisa antes de completarem qualquer
uma de suas incumbências. Eles frequentemente não atendem as solicitações ou
instruções e não conseguem completar o trabalho escolar, tarefas domésticas ou
outros deveres. O fracasso para completar tarefas deve ser considerado, ao
fazer o diagnóstico apenas se ele for devido à desatenção, ao invés de outras
possíveis razões (por ex. um fracasso para compreender instruções). As tarefas
que exigem um esforço mental são vivenciadas com desagradáveis e acentuadamente
aversivas.
Segundo
a mesma associação, esses indivíduos em geral evitam ou têm forte antipatia por
atividades que exige dedicação ou esforço mental prolongado ou que exigem
organização ou concentração (por ex. trabalhos escolares ou burocráticos). Os
hábitos de trabalho frequentemente são desorganizados e os materiais
necessários para a realização da tarefa com frequência são espalhados, perdidos
ou manuseados com descuidos e danificados. Os indivíduos com este transtorno
são facilmente distraídos por estímulos irrelevantes e habitualmente interrompem
tarefas em andamento para dar atenção a ruídos ou eventos triviais que em geral
são facilmente ignorados por outros (por ex. buzina de um automóvel). Eles
frequentemente se esquecem de coisas nas atividades de diárias (por ex. faltar
a compromissos marcados, esquecer-se de levar o lanche para escola). Nas
situações sociais, a desatenção pode manifestar-se por frequentes mudanças de
assunto, falta de atenção aos que os outros dizem, distração durante as
conversas e falta de atenção a detalhes ou regras em jogos ou atividades.
As
manifestações comportamentais geralmente aparecem em múltiplos contextos,
incluindo a própria casa, a escola, o trabalho ou situações sociais. O sinal do
transtorno pode ser mínimo ou estar ausentes quando o indivíduo se encontra
sobre um controle rígido, está em um contexto novo, está envolvido em
atividades especialmente interessantes, em uma situação a dois (por ex. no
consultório médico) ou enquanto recebem recompensas freqüentes por um
comportamento apropriado.
Não
se conhece ainda as causas do transtorno de déficit de atenção – hiperatividade
– TDAH. Na maioria dos casos, não se observam evidências de amplas lesões
estruturais ou doenças no sistema nervoso.
De
acordo com ( FACION, 1991, p. 7-24) há uma série de hipóteses relacionas com
esse transtorno. São elas:
DEFEITOS
ORGÂNICO-CEREBRAIS
Aqui
se supõe um distúrbio da função do cérebro na primeira infância, provocado por
uma lesão pré, Peri ou pós- natal no SMC Sistema Nervoso Central.
Esta
poderia ter sido causada por problemas circulatórios, tóxicos, metabólicos
etc.; ou por estresse e problemas físicos no cérebro durante a primeira
infância, provocados por infecção, inflamação e traumatismo. Muitas vezes são
sinais bem sutis e subclínico.
Porem,
não se sabe bem ainda sobre a total validade desta correlação, visto que os
fatores de risco estão presentes em outros distúrbios diferentes, além de nem
todas as crianças portadoras desse transtorno terem sido vítimas esses fatores
de risco.
FATORES
NEUROQUÍMICOS
Através
de experiências clínicas com o uso de estimulantes (anfetaminas, entre outros)
ou drogas tricíclicas (como exemplo a desiplamina), podem-se conseguir
resultados terapêuticos evidentes em crianças hiperativas. Por isso supõem-se
uma ação desequilibrada dos centros excitatórios e inibidores do sistema
nervoso central, causada por distúrbios no metabolismo de animoácidos e dos
neurotransmissores: noradrenalina, serotonina e edopamina. Não existem
evidências claras implicando um único neurotransmissor no desenvolvimento do
TDAH. Muitos neurotransmissores podem estar envolvidos no processo.
FATORES
GENÉTICOS
Investigações
com familiares e gêmeos de crianças com TDAH indicaram uma alta correlação
hereditária das crianças atingidas (Rohde; Benczik 1999). No caso de famílias
com mais de um hiperativo foram encontrados alcoolismo e distúrbio sociopátas
nos pais e distúrbios histéricos nas mais. Em conseqüência disso, supõem-se
aqui uma sucessão poligenético (Facion, 1991).
Outros
estudos sugerem que existe uma prevalência superior dos transtornos do humor e
de ansiedade, transtornos da aprendizagem, transtorno relacionado as
substâncias e transtornos da personalidade anti-social nos membros das famílias
de indivíduos com TODA.
CARACTERÍSTICAS
DE CRIANÇAS COM TDAH.
O
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade torna-se o grande responsável
pela frustração de pais de filhos portadores deste transtorno, por que estas
crianças são injustamente rotulados de intolerantes, avoadas, problemáticas,
malcriadas, indisciplinadas, desmotivadas, irresponsáveis e até mesmo pouco
inteligentes. Diante de tantos rótulos Goldstein (1994) descreve que os
portadores de TDAH chegam à maturidade apresentando problemas no ambiente
familiar, no trabalho e na comunidade, e conseqüentemente com um grande índice
de problemas emocionais, inclusive ansiedade e depressão.
Sabe-se
que a criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da dificuldade de
aprendizado, essa criança é geralmente muito inteligente, sabe que determinados
comportamentos não são aceitáveis, mas, apesar do desejo de agradar e de ser
educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar, mesmo
sabendo que é inteligente, não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto
de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa.
Até
os dois anos de idade, a atenção é controlada e dirigida por determinadas
configurações de estímulos, não existindo controle voluntário por parte da
criança. Entre dois e cinco anos, surge o controle da atenção. A criança já
consegue concentrar – se, de forma seletiva, em alguns aspectos da estimulação
externa, mas a sua atenção, ainda, é dominada pelas características mais
centrais e salientes dos estímulos; é por isso que, de certa forma, continua
sendo dirigida para o exterior.
A
partir dos seis anos, ocorre uma mudança notável. O controle de atenção passa a
ser interno. A criança já é capaz de desenvolver estratégias para atender,
seletivamente, os estímulos que ela considera relevantes para a solução de
determinados problemas, sejam eles ou não os aspectos mais centrais da
estimulação externa.
Os
resultados de estudos experimentais, realizados com indivíduos hiperativos,
demonstram que estes processos encontram-se alterados. Por um lado, pode-se
afirmar que as crianças apresentam dificuldades para concentrar sua atenção
durante períodos contínuos de tempo. Por outro lado, o processo de evolução não
chega a ser controlado por estratégias internas, que ajudariam a criança a se
concentrar, de forma seletiva, nos aspectos pertinentes para solução eficaz dos
problemas; ao contrário, o processo de atenção continua sendo dirigido à
estimulação externa.
Estas
dificuldades intensificam-se nas situações grupais, já que elas exigem atenção
mais sustentada e seletiva, para poder manejar a grande quantidade de
informação que é gerada.
O QUE É
TDAH?
Segundo
Faraone et al (2003), o Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é o
distúrbio do neurodesenvolvimento mais comum na infância. A apresentação
clinica do TDAH compreende três categorias principais de sintomas: desatenção,
impulsividade que se manifesta em ambientes diferentes e causam o
comprometimento funcional. Sabe-se também que o TDAH começa no inicio da vida e
pode persistir na adolescência e idade adulta. Assim, percebe-se que o TDAH
repercute na vida da criança e do adolescente levando a prejuízos em múltiplas
áreas, como a adaptação ao ambiente acadêmico, relações interpessoais e
desempenho escolar em geral.
Para
Teixeira (2008) o TDAH é um dos transtornos comportamentais com maior
incidência na infância e na adolescência. Trata-se de uma síndrome clínica
caracterizada basicamente pela tríade sintomatológica: déficit de atenção,
hiperatividade e impulsividade. Ainda segundo o autor, os comportamentos
característicos de crianças e adolescentes com TDAH incluem dificuldade em
focar a atenção em um único objeto, “os pacientes com esse diagnostico
apresentam prejuízos no desempenho acadêmico e social são facilmente
distraídos, parecendo não escutar quando alguém lhes dirige a palavra”
(TEIXEIRA, 2008, p.14). Podem não terminar seus deveres de casa, apresentam
grande dificuldade em se organizar e frequentemente perdem seus materiais
escolares, chaves, dinheiros ou brinquedos.
Para
Teixeira (2008) as causas do TDAH não estão bem estabelecidas, para ele dá-se
em uma origem multifatorial, tendo como a principal característica a herança
genética. Nesse sentido percebe-se que muitas crianças com TDAH possuem
familiares (pais, tios, avós, irmãos) com o mesmo diagnostico. A incidência
pode chegar até dez vezes mais em famílias de crianças com TDAH quando
comparadas à população em geral.
Alguns
estudos relacionam a herança genética ligada a genes do receptor e
transportador de dopamina, substancia que realiza juntamente com outras
substancia que a comunicação entre neurônios.
A
investigação do TDAH envolve detalhado estudo clinico por meio da avaliação com
os pais, com a criança e com a escola. Escalas de avaliação padronizadas para
pais e professores podem ser utilizadas. A avaliação com os pais deve abranger
uma história detalhada de todo o desenvolvimento da criança ou adolescente,
contendo desde a história gestacional da mãe os dias atuais (TEIXEIRA, 2008,
p.15).
Nessa
perspectiva, percebe-se que filhos de pais hiperativos possuem maior chance de
ter o transtorno, assim como irmãos de crianças hiperativas possuem até duas
vezes mais chance de apresentar o diagnostico quando comparadas com irmãos sem
transtornos. Nessa perspectiva analítica de Teixeira (2008), os cérebros de
crianças com TDAH funcionam freqüentemente diferentemente dos de crianças sem o
transtorno.
Nesse
sentido, essas crianças apresentam um desequilíbrio de substâncias químicas que
ajudam o cérebro a regular o comportamento. Comprovado pelos estudos
neuropsicológicos ao sugerirem alterações no córtex pré - frontal e de
estruturas subcorticais do cérebro. Assim, Teixeira afirma que:
Prejuízos
nos testes de atenção, aquisição e função executiva sugerem também um déficit
do comportamento inibitório e de funções executivas. Exames de neuroimagem
evidenciam uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e das taxas metabólicas
em regiões dos lobos frontais de crianças com TDAH (2008, p.15).
O
TDAH é uma síndrome heterogênea, sendo que a etiologia é multifatorial,
dependendo de fatores genéticos e adversidades biológicas e psicossociais. É
importante salientar que essas crianças também são, freqüentemente, capazes de
controlar os sintomas com esforço voluntário ou em atividades de grande
interesse.
Já
na perspectiva de Smith e Strick (2001), as crianças que sofrem de TDAH formam,
aproximadamente, 3 a
5% da população escolar, mas geram uma preocupação desproporcional. São
difíceis de cuidarem em casa e ensinarem nas escolas, elas estão mais propensas
a serem encaminhadas para auxilio pedagógico, ação disciplinar e serviços de
saúde mental. Na visão de Teixeira (2008):
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade somente pode ser
diagnosticado clinicamente e pode comprometer de modo marcante a vida da
criança em fase escolar e dos adolescentes e dos familiares que os cercam, pois
essa condição promove dificuldades como controle dos impulsos, concentração,
memória, organização, planejamento e autonomia, entre outras. A hiperatividade
é marcada por um excesso de atividade corporal, que se mostra desorganizada e,
na maior parte das vezes, sem relação com um objetivo. A polêmica se relaciona
ao esquema de que o tratamento, que deve ser adotado para contornar as
dificuldades apresentadas pelo indivíduo.
Já
na escola, não conseguem ficar quieto durante as aulas, além de se apresentarem
dispersos e desatenciosos, o que interfere no bom aprendizado. Por conta disso,
o rendimento escolar fica muito baixo da capacidade intelectual do aluno. A
hiperatividade também interfere no relacionamento com os professores e com os
colegas, que muitas vezes se sentem incomodados, pois o aluno hiperativo os
atrapalha na realização das tarefas. É comum um aluno com TDAH dizer que os
colegas não gostam dele, que não tem amigos na escola, que ninguém o chama para
brincar ou para qualquer outra atividade.
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